sábado, 21 de setembro de 2013

Pesquisa sobre usuários de crack no Brasil é divulgada nesta quinta-feira O maior e mais completo levantamento foi apresentado, em Brasília. Fundação Oswaldo Cruz mostra que o crack faz vítimas em todo o país.


O maior e mais completo levantamento sobre os usuários de crack no Brasil foi divulgado, nesta quinta-feira, em Brasília. O estudo feito pela Fundação Oswaldo Cruz mostra que o crack faz vítimas de norte a sul do país, mas o Nordeste é a região com o maior número de usuários.

A adolescente de 16 anos ainda tem bonecas e sonha em ser juíza, mas está amarrada com uma corrente. A luta é contra as drogas. “Eu tenho muita vontade de usar o crack. Se eu sair, talvez eu não volte mais”.
Outro jovem, de 14 anos, conta que começou usar o crack por influência do padrasto. “Foi com meu padrasto, forçado por ele. Ele fazia eu ir comprar ou ele falava para minha mãe e minha mãe batia em mim”.
Segundo a pesquisa divulgada hoje, em todo o Brasil, nas capitais, 370 ou 382 mil pessoas usam crack. Catorze por cento delas são menores de idade.

O levantamento traça também o perfil dos usuários. São adultos, com idade média de 30 anos, quase 80% deles homens. A dependência dura em média oito anos e o consumo diário é de 16 pedras por dia.  Outro dado importante é que os dependentes fumam crack, na maioria das vezes, em áreas públicas, no meio da rua.
A região que mais concentra usuários de crack é o Nordeste, com 148 mil dependentes. Em seguida está o Sudeste, com 113 mil; Centro-Oeste, com 51 mil; Sul, com 37 mil; e por último a região Norte, com 33 mil. Quarenta por cento dessas pessoas moram nas ruas. 
Ainda segundo o estudo, 10% das mulheres estavam grávidas quando foram entrevistadas. O Nordeste também concentra o maior número de crianças e adolescentes que consomem crack, cerca de 28 mil.

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